Você sabia que os custos dos insumos do transporte coletivo são crescentes, e que as gratuidades concedidas representam outro ônus às tarifas do transporte público?
É o que revela levantamento feito pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos-NTU, usando dados das principais capitais do país.
Segundo a NTU, ao longo das últimas décadas, o número de passageiros que usufrui de algum benefício tarifário (gratuidade e outras isenções) vem crescendo e já representa 21,1% do total dos passageiros transportados no país, conforme indicado no gráfico. Em algumas cidades esse número ultrapassa a metade da demanda diária (para o cálculo da ocorrência é considerada a equivalência das categorias que recebem descontos tarifários. Por exemplo, 2 estudantes que recebem 50% de desconto, resultam em 1 passageiro gratuito).
Gratuidades
Atualmente, o custo das gratuidades é repassado diretamente aos demais usuários que pagam a tarifa integralmente – o que acontece com o Transporte Municipal de Vitória, por exemplo. Ou seja, além do custo unitário do transporte, o cálculo da tarifa inclui ainda o rateio do custo das gratuidades.
No Sistema Transcol, as tarifas de estudantes e pessoas com deficiência são subsidiadas pelo governo, porém, passageiros com mais de 65 anos anos andam de forma gratuita, sem subsídio repassado pelo poder público.
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“O financiamento das gratuidades por fontes específicas de custeio, além de reduzir imediatamente o valor das tarifas, garante justiça social aos usuários do transporte público”, esclarece e defende Otávio Cunha, presidente executivo da NTU.
Fonte: Revista NTUrbano ed. 35 – Outubro/Novembro 2018, página 21.