Publicação da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) traz o serviço como um dos poucos no Brasil que oferecem transporte personalizado para cadeirantes. O Mão na Roda funciona via agendamento prévio, de forma totalmente gratuita.
O Serviço Especial Mão na Roda foi assunto na última edição da Revista NTUrbano, da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Na matéria, intitulada “Transporte PARA TODOS”, o coordenador do serviço, Erick Costa de Azevedo, cita a experiência como uma das poucas existentes no Brasil voltadas a promover a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida.
“Os motoristas atendem exclusivamente esses usuários e recebem treinamento específico para transporte de passageiros com deficiência. Um serviço que busca e leva os usuários cadastrados conforme agendamento prévio, e que existe em pouquíssimas cidades brasileiras”, destaca o coordenador na matéria.
Assim, o Mão na Roda coloca a Região Metropolitana da Grande Vitória em destaque quando se fala em mobilidade inclusiva no transporte coletivo por ônibus, ao lado de cidades como São Paulo (SP) e Curitiba (PR), também citadas pela reportagem por desenvolverem iniciativas semelhantes.
Inclusão que ultrapassa duas décadas
A matéria da NTU lembra que a inclusão das plataformas elevatórias para pessoas com deficiência no transporte público começou a ser implementada no início dos anos 2000, a partir de normas sobre acessibilidade nos ônibus definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), conforme exigências das Leis nº 10.048/2000 e 10.098/2000, regulamentadas pelo Decreto nº
5.296/2004.
Foi nessa época que o Mão na Roda foi criado, há 24 anos, “a fim de garantir veículos especialmente adaptados para transportar usuários que somente se locomovem com o uso de cadeira de rodas”, destaca a reportagem. E o melhor: é gratuito!
Trata-se de um serviço de transporte personalizado, do tipo porta a porta e porta ao terminal de integração, que atende às necessidades individuais do usuário em viagens fixas e eventuais. “As viagens fixas são aquelas em que a localização, destino e horário do compromisso são fixos no decorrer do mês ou ano. Nesses casos, podem ser solicitadas a partir do primeiro dia útil do ano e são incluídas após análise e encaixe na programação dos veículos”, acrescenta a matéria da NTU.
Já as viagens eventuais são as de frequência esporádica, com destinos e horários variados. “Nesse caso, a solicitação deve ser feita com 48 horas de antecedência e confirmada no dia anterior à viagem, conforme critérios de prioridades: tratamento de saúde; educação especial e comum; trabalho; lazer e esporte, e outros motivos como supermercado, banco, igreja e outros”, traz a reportagem.
Mais de 95 mil viagens em 2023
A matéria publicada na Revista NTUrbano também traz alguns números que mostram o impacto do Mão na Roda na rotina de pessoas com dificuldades de locomoção.
“Ao longo do ano passado, 1.043 usuários foram atendidos, contabilizando um total de 96.494
viagens realizadas com esses passageiros”, destaca a publicação.
O Mão na Roda conta, hoje, com 25 ônibus, que tiveram a frota renovada em 2020.
Inovação na marcação das viagens
A matéria da NTU traz, ainda, como o Mão na Roda utiliza a tecnologia a serviço do usuário, proporcionando conforto e praticidade tanto no cadastro como na marcação das viagens.
“Esse cadastro é feito utilizando a tecnologia Mobsys, da startup apoiada pelo Programa de Inovação COLETIVO, da NTU, que permite ao usuário realizar seu pré-cadastro, agendar suas
viagens 24 horas por dia e receber suas confirmações de viagem via SMS e e-mail sem necessidade de contato telefônico” destaca a reportagem.
Para quem ainda não usa o serviço, é preciso fazer um pré-cadastro e solicitar uma habilitação no site maonaroda.gvbus.org.br.
Lembrando que toda a frota do Sistema Transcol é adaptada com elevadores para acesso de cadeirantes, o que permite ampliar ainda mais a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida ao serviço de transporte público coletivo.
Acesse aqui a matéria completa publicada na Revista NTUrbano Ed. 67 janeiro/fevereiro 2024, pág. 40-44.
