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Mobilidade e transporte coletivo estão dentro das metas estabelecidas. Especialista diz que o Brasil precisa renovar sua perspectiva sobre o assunto, do contrário, corre risco de retrocesso 

De acordo com matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, especialistas veem distância entre a realidade do país e as metas que as autoridades nacionais se comprometeram a alcançar, em 2015, quando o Brasil assinou, junto com outros 192 países, a agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Uma das metas da agenda determina, até 2030, que o país crie mecanismos capazes de proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos.

Mas, ao que tudo indica, o país está longe de alcançar esse objetivo, e o risco de retrocesso é grande. De acordo com dados trazidos pelo jornal, 96% das cidades brasileiras não contam com um plano de transporte. O que deixa claro que ainda é preciso avançar muito nesse tema.

Em entrevista para o jornal, Alain Grimard, oficial internacional sênior do ONU-Habitat, defendeu que o Brasil precisa renovar sua perspectiva sobre mobilidade e entender que as soluções não se resumem a investimentos em transporte coletivo ou ativo (andar a pé ou de bicicleta).

“Apesar de o sistema de transportes certamente ser parte da solução, as medidas que teriam maior impacto estão ligadas a como as cidades são planejadas e desenhadas”, diz ele, acrescentando que esse planejamento precisa ser conduzido por políticas públicas e não pelo setor privado.

Transporte individual é divisor de águas

Para o especialista de Mobilidade Urbana do instituto WRI Brasil, Guillermo Petzhold, o Brasil passa por uma queda da representatividade do transporte coletivo e ativo no país desde 2000, enquanto o uso do transporte individual motorizado foi incentivado.

“Isso significa mais carros, poluição, acidentes de trânsito e tempo perdido”, argumentou. Sem dúvida, um grande retrocesso no processo de criação de políticas públicas e ações afirmativas.

Como solução, a gerente de governança urbana do WRI Brasil, Daniely Votto, sugere que o poder público e a iniciativa privada incentivem a mobilidade sustentável e o uso do transporte coletivo e de espaços públicos.

“Iniciativas como a Coalizão Mobilidade Urbana na Perspectiva das Mulheres, grupo formado por diversos coletivos da cidade de São Paulo, são esforços que devem ser multiplicados”, diz ela.

Agenda 2030

A agenda possui 169 metas que os países signatários precisam cumprir para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) descritos no documento, que estabelece os avanços que os países devem fazer em temas como erradicação da pobreza, desenvolvimento sustentável de cidades, acesso a água limpa e saneamento, entre outros.

Comunicação GV Bus

Autor Comunicação GV Bus

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