Empresas do Sistema Transcol apostam no descarte correto de resíduos

Ações desenvolvidas vão desde a separação e acondicionamento adequados, até o transporte e destinação final dos resíduos. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a coleta seletiva dentro das empresas gera renda para as comunidades, já que aquilo que pode ser reaproveitado, como o papel, é doado para associações de catadores de materiais recicláveis

O que você faz com o lixo que você produz? Joga fora tudo junto, ou separa os recicláveis e reutilizáveis? Agora, pense na quantidade de lixo produzida diariamente por todos os habitantes do mundo. Segundo especialistas, se todo esse material fosse levado para aterros sanitários e lixões, em pouco tempo, a Terra seria um planeta coberto de lixo. Imagina, então, se fosse jogado nos rios e mares!? Por isso, é essencial descartar os resíduos corretamente, para possibilitar uma destinação adequada do lixo e proteger o meio ambiente.

Nas empresas do Grupo Santa Zita, Unimar e Grande Vitória, a destinação correta dos resíduos já faz parte da rotina. Dentro do Projeto Transcol Mais Sustentável, todo o lixo gerado é separado entre o que é reutilizável, reciclável, lixo comum e resíduo perigoso. Posteriormente, esses materiais são enviados para empresas terceirizadas, para serem destinados de forma adequada. A Santa Zita Transportes e a Unimar são algumas das operadoras que praticam a coleta seletiva.

As ações desenvolvidas pelas empresas estão de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/2010, e não se limitam ao acondicionamento e separação adequados dos resíduos. Também são realizados treinamentos junto aos colaboradores, a fim de conscientizar os funcionários e fazer com que eles repliquem em suas casas o hábito de separar o lixo corretamente.

Unimar Transportes

Na Unimar Transportes, a destinação correta dos resíduos se intensificou a partir de uma consultoria ambiental contratada para cuidar não somente do descarte dos materiais, mas de toda a gestão ambiental dentro da empresa. Mas a prática de destinar adequadamente os resíduos já era comum na Unimar há alguns anos. Só para se ter uma ideia, em 2017, foram gerados 22.663 quilos em resíduos recicláveis. Em 2022, o número de reciclados produzidos com a coleta seletiva chegou a 81.629 quilos, um aumento de mais de 70% na capacidade de reciclagem da empresa, em 6 anos.

Segundo a Analista de Orçamento e Custos da Unimar, Micheline Torres, o trabalho de destinação começa com a identificação dos resíduos gerados. “Há os recicláveis, como papel, plástico e metal, e demais resíduos, como os perigosos, por exemplo. Todos eles precisam de uma destinação correta. Esses materiais são separados e entregues para empresas habilitadas e licenciadas, que irão dar a destinação ambientalmente correta”, afirmou.

Como parte da gestão ambiental desenvolvida pela Unimar, há ainda a logística reversa, em que a empresa encaminha as baterias inservíveis para o fornecedor de bateria veicular, e, no ato do recebimento das baterias novas, já são entregues aquelas inservíveis. Tudo é feito com entrega de certificado de destinação final e envios periódicos do trabalho realizado aos órgãos competentes, conforme estabelece a legislação ambiental. O transporte dos resíduos também é feito segundo a legislação.

“Por meio do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos, o SINIR, que é uma plataforma online do Ministério do Meio Ambiente, nós emitimos o Manifesto de Transporte de Resíduos, o MTR. Esse documento vai dizer para onde vão esses materiais. Isso é importante para que os transportadores saiam da garagem com toda a documentação necessária, para que, caso haja alguma abordagem durante o trajeto, eles possam comprovar que esse resíduo possui uma destinação final adequada”, concluiu Micheline.

Grupo Santa Zita

Assim como a Unimar, o Grupo Santa Zita, responsável pelas empresas Nova Transportes e Santa Zita Transportes, investe na separação, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos gerados. As atividades também fazem parte do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, plano este que envolve, inclusive, a capacitação dos colaboradores.

Segundo o engenheiro do GSZ, Thiago de Amorim Gomes, estes treinamentos, aliás, são fundamentais para o sucesso das ações. “Em uma empresa de ônibus, temos vários tipos de resíduos, que vão desde o lixo comum descartado na lixeira do ônibus, até o descarte de materiais advindos da manutenção dos veículos, como pneus e metais, por exemplo. E para que o programa funcione corretamente, é preciso investir em treinamento e capacitação dos colaboradores, pois eles são a engrenagem principal do sistema, sendo fundamentais para todas as coisas irem para o seu devido lugar”.

Thiago destaca ainda a importância social da coleta seletiva. Todo o papel reciclável gerado no grupo, por exemplo, é destinado à Associação de Catadores de Material Reciclável de Viana (ASCAMAVI). Já os resíduos considerados perigosos são levados para centros de tratamento de resíduos licenciados para essa atividade. Tudo é feito dentro do que estabelece a legislação ambiental.

“A empresa tem o custo da destinação e transporte dos resíduos considerados contaminados. Mas também pode gerar alguma receita com a venda de resíduos recicláveis como metais, plástico, papel e óleo queimado. Toda a movimentação dos resíduos é registrada de forma online, no SINIR”, ressaltou.

Com práticas sustentáveis, ganham não só as empresas, mas toda a população, com um meio ambiente equilibrado e preservado para as futuras gerações. Mostrando mais uma vez que o transporte coletivo é amigo do meio ambiente.