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A associação das empresas de transporte urbano defende a realização de um debate nacional para o setor

Em entrevista ao site A Cidade ON, o presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), Otávio Cunha, falou sobre levantamento feito pela entidade em nove capitais brasileiras, e foi taxativo: “o transporte público deixou de ser competitivo“.

Segundo ele, o estudo apontou que, em 2016, os ônibus perderam três milhões de passageiros ao dia, uma redução de 8,2% em relação ao ano anterior. “Em 23 anos, a demanda reduziu em 44%. Desse montante, 25% apenas nos últimos quatro anos”, explica.

Para o Otávio Cunha, é urgente a necessidade de se discutir um plano nacional para o transporte público municipal, hoje com discussão que fica limitada às prefeituras. “Desde o início da década de 1990 deixou-se de ter políticas públicas para o setor”.

Tarifas

Ele destaca que um dos principais debates é em torno da tarifa. O valor médio nacional é de R$ 3,80, segundo dados da NTU. “É um valor muito alto. O ideal seria uma redução de 50% no valor”.

Porém, a questão está no custo do transporte, que, na maioria das cidades, é bancado unicamente pelo usuário.

A saída, segundo Otávio propõe, seria discutir sobre formas alternativas de financiamento, que ajudem a baratear os valores.

“Há diversas formas de se promover isso. Poderia ser criado um Fundo de Custeio, que poderia ser abastecido com impostos sobre o álcool e gasolina ou na taxa de licenciamento de veículos, para que o transporte individual financiasse e incentivasse o coletivo. Ou, até, subvenção direta vindo da União, Estados e municípios”.

A Cide seria uma dessas formas, leia matéria sobre o assunto.

Velocidade

Além da tarifa, outro problema apontado pelo presidente está na velocidade e no tempo de viagem dos coletivos, já que a perda da velocidade comercial do sistema impacta em 25% no preço da tarifa. Por isso, defende que haja infraestrutura urbana para priorizar o transporte coletivo e deixá-lo mais rápido.

“Onde está o ônibus no trânsito? Ele está parado, no congestionamento. Com isso, as viagens deixaram de ser previsíveis, e com a perda de confiabilidade o usuário deixa de usar o sistema”, diagnostica Otávio.

E vai além. “O debate hoje é: como melhorar a qualidade do transporte, com tarifas módicas e velocidade? Isso é possível apenas com uma grande discussão nacional”, atesta o presidente da NTU.

Leia a matéria completa aqui.

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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