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Os ônibus são um direito básico assegurado pelas legislação brasileira e proporcionam benefícios macroeconômicos e socioambientais para a vida em sociedade

Estamos comemorando a Semana Nacional do Trânsito, cujo tema em 2020 é “Perceba o risco, proteja a vida”. E como os ônibus são considerados um dos veículos mais seguros pelo Ministério da Saúde, aproveitamos a oportunidade para refletir a importância do transporte coletivo para toda a sociedade, para o meio ambiente e par a economia.

Um pouco de história

Nota-se, a partir dos intensos fluxos migratórios e avanços capitalistas, que o processo de urbanização das cidades brasileiras é cada vez mais frequente. Para suprir as necessidades básicas da população, as quais são garantidas por leis na Constituição Federal, é necessário expandir os territórios e oferecer serviços compatíveis com os atuais números de habitantes.

Nesse sentido, a mobilidade urbana aparece como um direito fundamental para o desenvolvimento das cidades e o transporte coletivo por ônibus destaca-se por proporcionar tanto benefícios macroeconômicos quanto socioambientais.

O setor é responsável por promover mais de 405,7 mil empregos diretos no país, segundo informações fornecidas pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU). Somente na região metropolitana do Espírito Santo, cerca de 8 mil postos de trabalho estão ocupados para garantir o funcionamento do sistema. Tais fatores contribuem para a geração de renda nos Estados e, consequentemente, levam ao avanço econômico e social.

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Além disso, esses veículos viabilizam o deslocamento das pessoas pelo território, sejam por motivos de trabalho, estudo ou até mesmo lazer. Os coletivos abrangem itinerários que muitas vezes não fazem parte da rota de outros meios de locomoção e os valores das tarifas ainda são fixados – independentemente da distância percorrida – para facilitar o acesso ao serviço. Com o Sistema Transcol, por exemplo, é possível viajar por até 100 quilômetros pagando apenas uma única passagem.

E se não houvesse o transporte coletivo?

Em um cenário de suspensão das atividades do transporte coletivo além do enorme número de veículos que haveria nas ruas, o transporte deixaria de ser acessível a todos. A pesquisa “A Importância Macroeconômica e Sócio Ambiental do Trasporte Público por Ônibus no Brasil“, publicada em março deste ano pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU, mostrou que os trabalhadores e estudantes seriam os mais impactados, tendo em vista que das 8,3 milhões de pessoas que utilizam os ônibus diariamente, 54,3% estão à trabalho e outras 20,6% para estudo. Isso porque as alternativas para os ônibus e metrôs, como taxis e aplicativos, não seriam economicamente viáveis nem poderiam alcançar todos os destinos esperados.

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Quanto à mobilidade urbana, os coletivos colaboram para o desenvolvimento das cidades ao ocupar menos espaços nas vias e transportar mais passageiros. Esses fatores, consequentemente, contribuem para a redução dos níveis de congestionamentos no trânsito. Para ter uma noção dos impactos, um ônibus conduz a quantidade de pessoas equivalente a 40 carros, conforme apontou o estudo da associação nacional. Devido a esse e outros motivos, se dá a importância da luta pela priorização deles nas vias.

Tratando-se dos impactos ambientais, em um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), foi constado que o transporte público polui 19 vezes menos do que as motocicletas e oito vezes menos do que os carros. Diante do resultado, optar por esse meio de deslocamento favorece a diminuição de gases poluentes na atmosfera e auxilia na redução do nível de doenças respiratórias.

Muito mais seguro

Em relação à segurança, o transporte público foi eleito um dos veículos mais seguros pelo Ministério da Saúde no ano de 2016. No estudo feito pelo órgão, apenas 0,48% das mortes de trânsito estiveram relacionadas aos acidentes envolvendo coletivos. Tais dados demonstram que os ônibus auxiliam na preservação de vidas. Mais um fator que mostra a importância desse tipo de locomoção.

Entretanto, para que isso ocorra, é necessário investir em treinamentos. No sistema Trascol, existe cursos específicos para capacitar motoristas, cobradores e fiscais quanto ao tratamento de passageiros, pessoas com deficiência, pedestres e ciclistas. Além disso, há a preparação para atualizá-los sobre as normas de trânsito e direção defensiva. Essas qualificações fazem parte do Programa de Capacitação para Trabalhadores do Transporte (Procat) e são oferecidas em parceria com o Sest Senat.

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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