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São mais de 4,5 mil ônibus incendiados no Brasil desde 1987, segundo levantamento da NTU. No Espírito Santo, os prejuízos passam de R$ 44 milhões em 18 anos, com 77 coletivos alvos de incêndio

Nos últimos cinco anos, um ônibus foi incendiado a cada dois dias no Brasil, em média – mesmo durante a pandemia. Os dados são do dossiê preparado pela NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. Desde o início do levantamento, em 1987, até abril de 2022, foram incendiados 4.674 ônibus no país, segundo os registros disponíveis – de 1987 a 2003, a partir da compilação de notícias nos acervos de veículos da mídia, e de 2004 até o presente momento, por monitoramento diário feito pela NTU.

Isso equivale a um prejuízo de R$1,9 bilhão para as operadoras do sistema de transporte público coletivo urbano por ônibus, relativo principalmente ao custo de reposição dos veículos, arcado unicamente pelas empresas. Além da reposição da frota (cerca de R$1,8 bilhão), o prejuízo financeiro decorrente desses incêndios, gerado pelos passageiros não transportados e também pela perda de produtividade (horas não trabalhadas), soma R$ 128,1 milhões.

Somente este ano, de janeiro a abril, foram registrados 13 ônibus incendiados, o equivalente a 4,4 mil passageiros não transportados e 243 mil quilômetros não percorridos, gerando um enorme impacto social. Já o impacto financeiro desse período contabiliza um custo total de R$ 5,2 milhões para reposição desses veículos queimados, mais o custo dos passageiros não transportados e das horas não trabalhadas por quem depende desse transporte.

São mais de 4,5 mil ônibus incendiados no Brasil desde 1987, segundo levantamento da NTU. No Espírito Santo, os prejuízos se aproximam de R$ 19 milhões em 3 anos, com 24 coletivos alvos de incêndio

No ES, prejuízo de 44,6 milhões em 18 anos

No Espírito Santo, a situação não é diferente do restante do país. Nos últimos 18 anos (entre 2004 e 2022), 77 ônibus do Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano da Grande Vitória foram incendiados por bandidos e ficaram totalmente destruídos, sendo seis deles esse ano*. Um impacto financeiro de R$ 44,6 milhões, levando em consideração o custo de reposição desses veículos em valores atuais – um coletivo novo custa em média R$ 580 mil.

Esse impacto financeiro recai em todo o sistema, especialmente nas empresas de ônibus, mas também há reflexos sobre o dia a dia da população. “Isso porque, embora os consórcios possuam veículos reservas para garantir a operação, a destruição de um coletivo gera transtornos, já que um ônibus novo demora em média três meses para ser fabricado, além do período dos trâmites legais para que ele entre em circulação”, explica o diretor executivo do GVBus, Elias Baltazar.

O diretor esclarece ainda que não existe seguradora que faça cobertura para ônibus coletivo incendiado, portanto, as empresas não têm seguro para esse tipo de situação.

*Em 2022, outros dois ônibus foram alvo de criminosos, mas os princípios de incêndio foram contidos pelos motoristas e os coletivos reparados e reintegrados à operação.

Informações extraídas da Revista NTUrbano, n° 56, pág.14.

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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