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Especialista e profissionais que atuam com o transporte coletivo abordam a essencialidade do ônibus público para a economia e também para a vida urbana

O transporte coletivo ganhou um espaço essencial na vida de muitos cidadãos. É por meio dele que se chega às escolas, faculdades, supermercados, hospitais, residência de familiares e também às boas festas do fim de semana. Com isso, os ônibus levam todas as pessoas a seus destinos, sem escolher passageiros, por uma tarifa com valor único. Mas um fato pode passar desapercebido por algumas pessoas: a importância que o coletivo tem para a economia.

O economista Wallace Millis explica que os transportes coletivos realizam os deslocamentos de pessoas e mercadorias, possibilitando a articulação dos movimentos no espaço urbano, conectando as bases produtivas, de uma forma que o transporte configura espaços sociais que garantem o direito à cidade para se viver, trabalhar e visitar.

“Isso é importante porque organiza os mercados de trabalho, de consumo e habitação. Assim, o transporte coletivo promove a mobilidade urbana, ajuda a ordenar o território, gera desenvolvimento econômico e ainda pode minimizar impactos ambientais”, aponta.

O especialista ainda informa que o desenvolvimento e a implantação do Sistema Transcol, no curso das últimas 4 décadas, trouxe melhorias no transporte coletivo, articulando o crescimento econômico e a expansão imobiliária na Região Metropolitana da Grande Vitória. “A questão é bem direta: ou temos o transporte público em funcionamento ou vivemos num sistema caótico e de elevado custo. Se o Trasncol para de funcionar, a economia encontra substitutos precários, mais caros, mais poluentes e mais excludentes”, avalia.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), se o transporte coletivo deixasse de existir, as 600 mil pessoas que utilizam o Sistema Transcol diariamente seriam diretamente afetadas. Hoje o serviço possui 2,4 milhões de cartões de transporte em condições de uso. Desse total, 57% são de usuários do CartãoGV Cidadão (Passe Fácil), ou seja, pessoas que utilizam o sistema sem nenhum tipo de benefício social. Os trabalhadores que se locomovem com o vale-transporte representam 36% dos passageiros do sistema. Já idosos e estudantes juntos equivalem a 5% dos usuários dos coletivos metropolitanos.

O motorista José Milton trabalha dirigindo os ônibus para a Unimar há 10 anos. Ele considera que o preço da tarifa é acessível e que, caso o sistema parasse algum dia, seria um caos inimaginável nas mais diversas áreas econômicas, haja vista que não existe outro meio de transporte semelhante que integre a Região Metropolitana como um todo.

Segundo ele, a paralisação do sistema causaria danos financeiros tanto à maioria das empresas, como para os trabalhadores, uma vez que haveria um elevado gasto no deslocamento de funcionários. Para ele, os que mais sofreriam o impacto seriam as pessoas que moram muito longe do trabalho, considerando que essa locomoção sairia cara para o contratado e até mesmo para o contratante.

“Os que não possuem condução própria ficariam praticamente impossibilitados de cumprirem suas responsabilidades, sejam elas no trabalho, colégios, faculdades, consultas médicas, passeios e demais compromissos nos quais necessitam do transporte coletivo”, diz.

Quanto aos trabalhadores, Milton acredita que haveria um aumento alarmante do desemprego, visto que de maneira direta e indireta, esse sistema emprega milhares de pessoas nas mais variadas profissões e funções, nos mais diversos segmentos da sociedade.

Para o gerente de tráfego da Unimar, Elizeu da Conceição, sem os ônibus seria um transtorno para a cidade. “A economia seria afetada de forma trágica. Por exemplo, quando há greve, o comércio fica prejudicado. Os vendedores e seus clientes não conseguem chegar às lojas. Gosto sempre de pensar que os ônibus são como o sangue que corre pelas veias oxigenando as células. Logo, o transporte coletivo oxigena a cidade”, diz.

Ele ainda ressalta que o trânsito também seria afetado. Se não houvesse os ônibus para levar um grande número de pessoas a seus destinos, essa falta resultaria em mais carros colocados nas ruas. Sendo assim, aumentaria o trânsito nos municípios e um nível maior de poluição.

E se tratando de meio ambiente, um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), constatou que o transporte público polui 19 vezes menos do que as motocicletas e oito vezes menos do que os carros. Diante do resultado, optar por coletivos favorece a diminuição de gases poluentes na atmosfera e auxilia na redução do nível de doenças respiratórias.

Serviço essencial

O gerente de tráfego da Unimar, Elizeu da Conceição, atua na empresa há 20 anos e sente uma grande satisfação de poder prestar seu serviço para uma empresa que tem tamanha relevância para a cidade. Ele destaca o valor da tarifa, a possibilidade de percorrer longas distâncias e o conforto oferecido a funcionários e passageiros, considerando a climatização presente dentro dos veículos e a possibilidade do acesso à rede Wi-Fi após os recentes investimentos feitos no Sistema Transcol.

“Eu diria que, considerando os sistemas que já conheci, hoje o capixaba tem um dos melhores serviços de transporte da América Latina. Já andei um pouco por aí e acho que são poucas as cidades que oferecem um transporte bem alimentado como o nosso. Os ônibus daqui fazem longos trajetos por um preço que cabe no bolso”, exalta.

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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