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As duas novas pistas são destinadas exclusivamente ao tráfego de  ônibus, táxis, motos e veículos de emergência. Alguns motoristas, no entanto, insistem em desrespeitar a regra. Com a “Linha Verde”, Terceira Ponte passa a contar com seis faixas no total. Novas vias priorizam o transporte público coletivo. Veja as vantagens

O assunto dominou os principais portais de notícias do Espírito Santo na última segunda-feira (28). “Motoristas desrespeitam faixa exclusiva na Terceira Ponte” estampava um dos sites. Era o primeiro dia útil de funcionamento da “Linha Verde”, como são chamadas as faixas exclusivas para ônibus, táxis, motos e veículos de emergência. São duas novas pistas, uma em cada sentido da ponte. E apesar de proibida a circulação de outros tipos de veículos, carros de passeio e até vans escolares foram flagrados trafegando pelas pistas.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), a  medida busca dar maior fluidez ao trânsito, priorizando o transporte público coletivo.

Números

A conta é simples. Segundo levantamento realizado pelo GVBUs, em média, 1.092 ônibus do Sistema Transcol passam pela Terceira Ponte todos os dias. São mais de 80 mil passageiros transportados diariamente, se levarmos em conta que cada coletivo tem capacidade para uma média de 70 pessoas, enquanto os carros transportam, em média, 1,2 passageiros por viagem, aponta levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)

Resumindo: ao mesmo tempo em que transportam mais pessoas, os ônibus ocupam um espaço 20 vezes menor nas vias, se comparado aos carros. De acordo com a NTU, um ônibus pode levar o mesmo número de pessoas que 40 carros. Isto é, basta um ônibus para que 40 carros deixem de sair às ruas.

Grande parte aprova faixas exclusivas

Entre a população, o assunto divide opiniões. Alguns ainda estão céticos quanto à real eficácia das faixas exclusivas. Grande parte, no entanto, aprova a obra. É o que mostram os comentários nas postagens sobre o assunto publicadas em páginas de veículos de imprensa nas redes sociais.

Em um desses posts, uma internauta destacou a importância das novas vias para priorizar o transporte público coletivo, reduzindo o tempo de viagem nos ônibus, que também são uma opção economicamente mais viável que os automóveis, comentou.

Outro internauta também se mostrou confiante com as novas pistas e ainda citou o exemplo da França, em que a experiência foi bastante positiva.

Em meio a críticas de que as obras não irão surtir efeito na redução dos congestionamentos, grande parte das pessoas, no entanto, já começaram a sentir diminuição no tempo de viagem, já no primeiro dia útil de inauguração das faixas, se comparado aos dias anteriores. Alguns até cogitam deixar o carro na garagem e utilizar o ônibus para se deslocar no dia a dia.

Melhora no fluxo de veículos está entre as vantagens

Especialistas são unânimes em afirmar que priorizar o transporte público coletivo é a solução para melhorar o fluxo do trânsito nas cidades. O transporte público, inclusive, responde por 28% de todos os deslocamentos da população, sendo que os ônibus urbanos contribuem com 85,7% desse total, segundo a NTU. É por isso que as faixas exclusivas são indispensáveis. Mas não é só.

Para os que aprovam as novas faixas na Terceira Ponte, motivos é que não faltam para apostar nas vias. As pistas exclusivas, aliás, não são uma novidade no Brasil.

Em cartilha intitulada “Faixas exclusivas de ônibus urbanos: experiências de sucesso”, a NTU cita exemplos de cidades que, já há alguns anos, adotaram modelos semelhantes e foram bem-sucedidas, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia. A publicação reúne, ainda, uma série de informações que comprovam as vantagens das faixas exclusivas para a melhoria da mobilidade urbana. Veja algumas delas:

1. Aumento da velocidade operacional dos ônibus;

2. Menos tempo do passageiro dentro do veículo, com redução de 40% no tempo de viagem;

3. Impacto positivo nos deslocamentos individuais;

4. Maior fluidez na circulação dos coletivos;

5. Racionalização da operação com a otimização da frota;

6. Aumento da produtividade do transporte público sobre pneus;

7. Facilidade na integração com os outros modos de transporte;

8. Reeducação da sociedade para novas e mais vantajosas formas de mobilidade;

9. Redução do consumo de combustíveis (até 30%) e da emissão de poluentes (até 40%);

10. Compartilhamento justo e racional dos espaços da cidade.

Acesse aqui a cartilha na íntegra.

Lei prioriza o transporte coletivo

Assim como pedestres e ciclistas, o transporte coletivo tem prioridade sobre o transporte individual. É o que determina a Lei n° 12.587/2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Com as faixas exclusivas, o transporte coletivo fica mais ágil, atrai mais pessoas interessadas em trocar o carro pelo ônibus, reduz o número de veículos nas ruas, assim como os congestionamentos, e ainda colabora para diminuir a poluição  e os acidentes de trânsito.

Aproveite as novas pistas e vá de Transcol!

Fonte: NTU, Semobi e www.planalto.gov.br 

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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